A cada ano, aproximadamente 1,6 milhão de pessoas sofrem fraturas no quadril — até 2050, o número deve pular para 6,3 milhões. E esse tipo de trauma, especialmente em pessoas mais velhas, traz mais dores de cabeça do que se pensava.
Agora, como um osso quebrado pode afetar tanto a vida? Além de estar relacionada a infecções e doenças cardiovasculares, a fratura pode causar dor crônica, diminuir a mobilidade e aumentar o nível de dependência do paciente. Ou seja, ela compromete a vida sob diversos aspectos.
A fratura de quadril é uma lesão grave, que ocorre em pessoas com mais de 65 anos, com o risco aumentando mais rapidamente depois de 80 anos de idade e as complicações podem ser fatais. As pessoas mais velhas estão em maior risco de fratura de quadril porque os ossos tendem a se enfraquecer com a idade. Mas apesar dessa diminuição da massa óssea (osteoporose) tornar o esqueleto propenso a fraturas, é a erosão gradual da massa muscular magra (sarcopenia) e a consequente fragilidade que leva o idoso às quedas. Além disso, vários medicamentos, falta de visão e problemas de equilíbrio também fazem com que as pessoas mais velhas tenham mais probabilidade de tropeçar e cair.
As fraturas do quadril integram uma classificação mundial, uma das 10 piores deficiências em termos de perda de mobilidade e de deficiência de longo prazo
Sinais e sintomas de uma fratura de quadril podem incluir:
- Incapacidade de se mover imediatamente depois de uma queda
- Dor intensa no quadril ou na virilha
- Incapacidade de colocar peso sobre a perna do lado do quadril lesionado
- Rigidez, hematomas e inchaço no quadril
- Perna mais curta do lado do quadril lesionado
- Andar mais curto ou mancar no quadril lesionado
Para dar uma ideia do tipo de perda funcional provocada pelas fraturas de quadril:
- 90% das pessoas não serão capazes de subir cinco degraus, no ano seguinte à fratura;
- 66% não serão capazes de ir ao banheiro sem ajuda;
- 50% não serão capazes de levantar-se de uma cadeira;
- 31% não serão capazes de sair da cama sem a ajuda de um cuidador;
- 20% não serão capazes de vestir as próprias calças sem assistência.
O tratamento
Geralmente envolve uma combinação de cirurgia, reabilitação e medicação.
Cirurgia
O tipo de cirurgia geralmente depende da localização da fratura no osso, a gravidade da fratura e da idade. As opções cirúrgicas podem incluir:
- Reparar a fratura com parafusos, placas ou haste;
- Substituição (prótese) que pode ser parcial ou total;
Reabilitação
Fisioterapia se concentrará inicialmente em exercícios de ganho de mobilidade e fortalecimento e para aprender técnicas de independência na vida diária, tais como usar o banheiro, tomar banho, vestir e cozinhar.
Medicação
Medicamentos que aumentam a densidade óssea podem ajudar a reduzir o risco de fratura do quadril.
Como prevenir
Escolhas saudáveis de estilo de vida no início da idade adulta como construir um pico de massa óssea maior e reduzir o risco de osteoporose ajuda muito. As mesmas medidas podem reduzir o risco de quedas e melhorar sua saúde geral, se você adotá-las:
- Não beba em excesso e não fume, pois contribuem para osteoporose.
- Implantar medidas de segurança, como uma boa iluminação da casa, corrimão dentro do box do banheiro e pisos e tapetes antiderrapantes; retire tapetes; limpar o excesso de móveis e qualquer outra coisa que poderia tropeçar
- Vá para o seu oftalmologista para um exame a cada dois anos, ou mais frequentemente, se você tem diabetes ou uma doença ocular.
Fazer caminhadas e exercícios físicos.
- Veja os seus medicamentos. Sentindo-se fraco e tonto, que são os possíveis efeitos colaterais de muitos medicamentos, pode aumentar o risco de cair. Converse com seu médico sobre os efeitos colaterais causados por seus medicamentos.
Mas a prevenção que mais recomendamos é a pratica de exercícios.
Os exercícios trabalham a musculatura, fortalecem a região do quadril , protegendo, melhorando a sua biomecânica e absorvendo o impacto. Também melhoram o equilíbrio e a agilidade do idoso, evitando assim as quedas. No entanto, é fundamental aprender corretamente os exercícios, com acompanhamento de um profissional capacitado para não correr riscos de se lesionar com os próprios exercícios.
Fontes:
https://saude.abril.com.br/medicina/fraturas-no-quadril-aumentam-mortalidade-em-curto-e-longo-prazo/
http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/08/fratura-do-quadril-e-sempre-sinal-de-osteoporose-saiba-por-que-ela-e-tao-temida.html
http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/fratura-do-quadril-e-a-lesao-ortopedica-que-mais-resulta-em-morte-na-terceira-idade/56143/